Caras Cabo-verdianas e Caros Cabo-verdianos,
Neste momento especial de lembranças natalícias, somos conduzidos ao recolhimento, à meditação, à tolerância, à confraternização e ao conforto da familiaridade, próprios dos sentimentos cristãos que caracterizam a maneira de ser e de estar da nossa sociedade.
Essas lembranças natalícias nos transportam aos momentos mais conseguidos, aos momentos de tristezas e de adversidades, mas, também, a fortes esperanças em dias melhores, fruto do trabalho abnegado que realizamos no dia-a-dia da nossa vida pessoal, profissional e coletiva.
Cada um de nós professa as suas convicções!
Mas, a cabo-verdianidade nos une fortemente, pois que o sentimento de pertença às nossas ilhas é grande e a nossa cultura é fecunda, na sua bela diversidade, sempre una e solidária.
Neste período particular do ano, não nos é possível esquecer que o nosso País passa por momentos preocupantes, tais como as incógnitas que vêm marcando a agenda política governamental, o ambiente de insegurança que, no quotidiano, vitima pessoas e bens, a que veio juntar-se a contingência de uma das grandes vulnerabilidades do nosso País - a seca - cujas profundas marcas ainda não foram apagadas da memória coletiva cabo-verdiana.
Com efeito, é com grande angústia que, diariamente, vemos camponeses e criadores de gado desfazendo-se da sua base de sustento, e agricultores de regadio na desesperança da drástica diminuição da água nos lençóis freáticos. Tal conjuntura tem, infelizmente, impactos negativos nos meios urbanos, onde os parcos rendimentos não comportam o aumento do custo dos produtos de primeira necessidade.
Contudo, a nossa fé e proposição são grandes, como sempre demonstraram as nossas populações, nas ilhas e na diáspora, pois não estamos face à fatalidade, mas, sim, perante um desafio à nossa capacidade de vencer dificuldades, cultivando a fraternidade como um indiciador natalício da nossa condição.
Por isso, nós somos pela solidariedade de todos - na vizinhança, nas comunidades, entre as instituições de solidariedade social e as camadas mais vulneráveis, entre as Forças Vivas da Nação, sejam elas o Estado, os Partidos Políticos, as Entidades Religiosas, o Patronato, os Sindicatos - no sentido de, juntos, encontrarmos as melhores respostas para o momento que o País atravessa, num exemplar exercício de coesão nacional.
Assim, em nome de todos os Militantes, Amigos e Simpatizantes do PAICV, e em meu nome pessoal, Vos dirijo, a todos, esta mensagem de confiança, de certeza e de esperança, com um pensamento muito especial àqueles que se encontram privados do bem essencial que é a liberdade, àqueles que estão hospitalizados, e àqueles que estão privados de uma quadra natalícia festiva por falta de recursos.
Aos Produtores Agrícolas envio uma mensagem de fé, com a certeza que, da parte do PAICV, tudo será feito nos espaços de intervenção política, para contribuir para ultrapassarem os dias difíceis por que passam.
Aos Membros desta grande Família Tambarina, o PAICV, uma saudação de muito conforto natalício e a confiança de um Ano de 2018 com muito trabalho, muito empenho, muita entrega e muito amor por Cabo Verde, Sempre!
A Presidente do PAICV- Janira Hopffer Almada